Desde 2018, a estatal amplia seus times ágeis, customizando frameworks. Quer chegar à proporção 70/30 entre ágil e tradicional
Por Heinar Maracy
Quando pensamos na Petrobras, a primeira imagem é de uma gigante. E não é à toa. Maior empresa do País em valor de mercado em 2020, segundo os rankings Melhores e Maiores, da revista Exame, e Valor 1000, a estatal desenvolve projetos de altíssima complexidade. Os diversos tipos de operações que executa não deixam dúvida: de plataformas e poços de petróleo a refinarias e frota de navios. Nesse contexto, foi desafiador colocar em prática um movimento de transformação digital e adoção do ágil, modificando o foco de projeto para produto, com criação de squads, iterações e entregas rápidas.
Robert Nunes, CDO global da Petrobras, conta que a empresa sempre investiu pesado em práticas de gerenciamento de projetos. “A Universidade Petrobras praticamente criou um MBA de mercado dentro da empresa”, lembra. Porém, há alguns anos, os líderes perceberam que tecnologias e modelos de trabalho estavam evoluindo mais rapidamente ainda, e que era necessário se adaptar. Para isso, em 2018 foi criada a diretoria de transformação digital e inovação, que se tornou uma espécie de aceleradora interna de projetos.