De um passado em que o trabalho foi associado ao sofrimento e ao sacrifício, e depois como caminho de aceitação social, as facilidades da inteligência artificial, previstas para se tornarem amplamente disseminadas em meados de 2030, levam a uma transformação radical no campo do emprego e trabalho. Em 2050, a sociedade irá celebrar a libertação da ansiedade de “ser alguém na vida” para “ser alguém de bem com a vida”.
Com ajuda da imaginação, futuristas costumam passear pelo passado, presente e futuro. Neste neste artigo, iremos até 2050.
Primeira parada: passado, quando o trabalho era associado ao sacrifício e ao sofrimento. Até o século 18, os trabalhadores eram vistos como seres inferiores, quando ideias iluministas e a ética protestante trouxeram reconhecimento social. O desprezo deu lugar ao elogio; e o valor do capital humano foi associado à produtividade e à escassez de tempo. A busca por status social levou à escravidão voluntária. Isso até o século 21, quando condições precárias e pouco tempo livre fizeram o trabalho extenuante perder valor.
Em artigo de 1930, o economista inglês John Keynes antecipou algumas mudanças que emergem agora, depois da pandemia. Visionário e transgressor de modelos vigentes, ele imaginou seus netos em 2030, trabalhando 15 horas por semana e a renda básica universal sendo a grande conquista do capitalismo.