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Vamos pensar em pessoas dentro de uma empresa que estão divididas em três níveis. Quando estou dentro de uma empresa tentando entender como ela funciona observando as pessoas que a compõem. A primeira coisa que observo é a cultura.

Eu sempre defino cultura como valores e crenças em uma empresa normalmente demonstrada pelo comportamento das pessoas.

Todas as empresas nas quais já tive experiência de trabalhar, e eu acho que também é assim nas suas empresas, quando você entra na empresa e procura os valores, os valores estão profundamente enraizados dentro da empresa. Eles são tipicamente poucos, uma vez que estão profundamente enraizados. Talvez de 3 a 5.

Quando vejo listas que são mais longas dentro de uma empresa eu normalmente não acredito. Talvez de 3 a 5 princípios ou crenças na maioria das empresas que estão largamente e profundamente enraizadas. Normalmente há algum princípio que se manifesta sobre pessoas, frequentemente o princípio que se expressa a respeito de qualidade,

algumas vezes princípio que se revela a respeito do mercado e pessoas a quem você serve. Mas tende a ser princípios, se forem valores reais, eles possuem alto senso de propósito associado. Eu acho que é importante entender o que eles são dentro de uma empresa.

Em segundo lugar, eu acho que é sempre importante entender os estilos da administração dominante em uma empresa. Saber como os administradores no topo na empresa se comportam. Se você quer entender a cultura você vai querer entender o comportamento em uma organização, sempre olhe para cima.

Porque cultura e comportamento são um fenômeno que vem de cima para baixo. E o estilo real de um gestor em ação é crítico em qualquer organização. Então eu olho para as massas de habilidades pessoais que são requisitadas para que o trabalho seja feito,

as capacidades e habilidades são críticas para a empresa.

Me permita compartilhar com vocês alguns princípios que considero importante a partir das minhas pesquisas e as conclusões delas. Compartilhei com vocês anteriormente. Primeiramente, você pode encontrar ideias em muitos lugares.

Não há escassez de modelos de negócios por aí. Há apenas tecnologia pesada aplicada. Oportunidades mais ricas do que eu jamais havia experenciado. Inovação em um negócio pode ser mais do que um processo em pessoas do que é em produtos.

Eu vou mostrar companhias que não criaram produtos novos, mas a forma que trazem produtos ao mercado elas praticamente criam um novo negócio. A maioria dos novos modelos de negócio requer uma combinação que chamo de alta tecnologia e interação humana.

Vocês sabem que muitas vezes há uma pressuposição particularmente em negócios baseados em tecnologia que você pode se comunicar e ganhar consumidores através da tecnologia. Eu acho que os negócios tecnológicos de maior sucesso ou até negócios de mercadorias de maior sucesso

tem criado modos de atuar em combinação de alta tecnologia, se o consumidor quiser interagir especialmente através de canais tecnológicos mas também através de um canal de interação humana. Organizações de serviço bastante sofisticadas às quais consumidores podem se engajar.

A propósito, isso pode ser um negócio muito caro. Mais posso dizer que quando funciona o retorno é muito alto. Eu vou mostrar como inovação em muitos casos não é necessariamente um processo que envolve muito capital. De fato, capitalistas de risco hoje tem se impressionado com o pouco capital...

que muitos negócios hoje precisam para serem criados. Não necessitam de prédios, não precisam de máquinas. Se são necessários, há maneiras para conseguir tudo isso sem muito gasto de capital. Acredito que isso tudo mudou hoje em dia. Essa é uma boa notícia.

Eu acredito bastante que eficiência está à frente da qualidade. No passado acreditávamos que havia uma luta entre um e outro, que se você quiser eficiência você vai perder qualidade. Para ser sincero, eu acredito no oposto. Quanto mais eficientes seus processos

melhor será, normalmente, a qualidade dos seus produtos e serviços. E este é um exemplo de uma companhia que foi para um lugar onde ninguém jamais tinha ido. Foi fundada por um empresário que viu um mercado e uma necessidade um tanto grandes,

mas que ninguém tinha visto ou se alguém viu o mercado não quis tomá-lo. É uma empresa chamada Sonicbids. Eu não sei se algum de vocês canta em casamentos ou tem uma banda de garagem, mas você pode conhecer essa empresa se você faz performances ou se você for músico.

Ela foi fundada por um músico que veio para Boston para tentar entrar na escola de música de Berkley. Pra vocês que conhecem música contemporânea, ela é uma das melhores universidades em música contemporânea. Esta empresa foi fundada por um jovem grego que veio para os Estados Unidos para estudar música em Berkley,

mas descobriu que não era bom o suficiente para ter sucesso. Mas o que ele percebeu foi que ele poderia ter sucesso como agente de talentos. Ele entendia os profissionais, ele entendia música, então ele entrou no negócio de agência de talentos

e ele representava normalmente nomes grandes, famosos. O que ele percebeu é que o mercado era muito grande. É um mercado de 15 bilhões de dólares por ano. E a maioria dos intérpretes, a maioria dos músicos no mercado não eram representados.

Então ele reuniu o que era inicialmente um modelo dependente de tecnologia para alcançar todos os músicos que não eram representados e reunir um número de produtores que precisavam de uma força pra segurar um músico.

Agora vejam, quando escrevi meu livro ele já havia reunido 120 mil músicos. Eu liguei pra ele antes de vir aqui e perguntei: "como está o negócio hoje?" ele respondeu que está em 320 mil. 26 mil agentes. E ano passado eles conseguiram 100 mil apresentações.

É um modelo de negócio muito interessante e aqui está como ele funciona. Aqui estão os processos que são importantes. Aqui está o que ele fez na perspectiva de um processo. Ele criou uma possibilidade de um músico ter um kit eletrônico de divulgação.

Isso é uma coisa muito difícil para a maioria dos músicos independentes que trabalham duro. Gravar seu trabalho de uma forma bastante profissional e apresentar para um produtor. Ele torna isso possível para o músico, para a banda de garagem através da tecnologia com um kit de divulgação.

Ele libera os kits para agentes que assinaram o serviço. Por exemplo, o produtor entra no site e diz que precisa de alguma coisa, que tem um casamento e que precisa de músicos e eles se apresentam a este agente e eles pagam uma taxa muito baixa para fazer isso.

E a razão de existir essa taxa é que ele quer que todos sejam sérios, e que querem fazer a apresentação. Uma coisa muito interessante, é que ele dá uma coisa certa, uma maneira de o dinheiro ser manuseado nesta indústria. Para você que conhece a indústria do entretenimento, sabe se que há muito pouca confiança em relação a dinheiro.

De fato, famosos recebem o dinheiro no camarim logo depois da apresentação. Acho que vocês conhecem Willie Nelson, o cantor country. Ele teve muitos problemas com o IRS (organização que cobra impostos) pois ele sempre recebe a em dinheiro e não declarava sua renda.

Não há confiança no mercado e o quê a Sonicbids faz é oferecer um banco de confiança onde o dinheiro é manuseado. Uma coisa muito importante para o sucesso desta empresa é a cultura e o estilo real do gestor. e o estilo que se observa em toda a empresa. Há muita empatia com os músicos.

Permitam-me ler as palavras do fundador. O nome do fundador é Panos Panay, o jovem grego. Aqui estão suas palavras sobre seu negócio, e a forma que ele pensa a respeito dele. "Um dos problemas que você encontra em um negócio online..." e é estritamente o negócio online,

"...é que você não tem presença física como um restaurante no qual as pessoas podem entrar, sentir o cheiro e tocar. Você não tem aquele tipo de legitimidade e virtude quando você existe apenas online. Nós tentamos compensar isso através da linguagem que usamos, a forma de nos comunicar.

As pessoas que atendem ao telefone são jovens e simpáticas com os clientes." Se você for lá as pessoas são bem jovens e bem descoladas. Ele diz: "nós temos simpatia para com as necessidades dos clientes, especialmente para com aqueles jovens que são jovens músicos com dificuldades.

Estamos cientes de sua insegurança. Músicos devem ser tratados com respeito. Existe uma regra básica que emails devem ser respondidos no mesmo dia que são recebidos". Então você entra nessa empresa e vê uma grande relação e compreensão com os jovens músicos, todos os 320 mil.

O que me impressiona, e eu vou mostrar alguns exemplos mais tarde, é como negócios podem crescer em escala e ainda assim manter um grau de intimidade com seus clientes ou consumidores. A outra característica que acho que é admirável e importante neste negócio é o senso de humildade.

A propósito, este é um negócio que tem um estilo de ser de baixo para cima. Não é um estilo forte de administração de cima para baixo. É o estilo de administração bem de baixo para cima. Aqui estão as palavras dele sobre humildade.

"Então eu tento não contratar clones de mim eu não sinto necessidade nem acho que podemos construir um grande time assim.” Você precisa receber novas informações para refinar seus instintos. Você é o chefe, mas você tem que presumir que a pessoa que você contratou sabe como realizar o trabalho

de uma maneira melhor do que você jamais faria." Há muita humildade nisso. "Então peço que me expliquem o que significa algo ou como processos funcionam. Chefes precisam de um pouco de humildade." Forma que ele opera é um estilo bem de baixo para cima.

Hoje quando penso sobre pessoas e penso sobre a noção de pessoas em organizações é absolutamente importante pensar em pessoas não somente como gerencia pessoas dentro de sua empresa, mas como você gerencia os consumidores em uma perspectiva como pessoas.

O que está realmente acontecendo em todos os processos para segurar o consumidor é a mudança do pensamento de que um consumidor é um objeto para o pensamento onde o consumidor é uma pessoa, um indivíduo. E a tecnologia realmente permite que isso ocorra neste fenômeno da tecnologia e da internet que vivemos agora.

A habilidade de uma empresa personificar o consumidor e pensar no consumidor como uma pessoa como nunca tínhamos feito antes. Eu estou bastante surpreso com o sucesso de algumas empresas. Tenho um artigo... Deixe-me dizer que foi publicado no New York Times em fevereiro,

e vou apenas sugerir que vocês procurem no Google, porque não tenho cópias para distribuir. É apenas chamado de "como empresas descobrem seus segredos". Não sei se alguém viu... "como empresas descobrem seus segredos". Ele é um artigo bem extenso e inteligente. É baseado no que o grande varejista Target faz nos EUA.

Um varejista muito sofisticado. Eu acho que é o melhor varejista operando nos Estados Unidos. Eu sei que ele não trabalha aqui no Brasil. É muito sofisticado especialmente no modo em que personifica o consumidor. Por sinal, a Target, no artigo... A Target, de fato, estabelece uma identidade de visitante para cada cliente.

É assim que te descreve como um visitante. Aqui está a informação que eles conseguem com análise sobre o que pessoas estão comprando nas lojas. Eles tem informações como: sua idade, se você é casado, se tem filhos, em que parte da cidade você mora,

quanto tempo demora pra você chegar na loja de carro, a estimativa do seu salário, se você se mudou recentemente, que cartões de crédito você tem na sua carteira e quais sites você visita. Eles conseguem todas estas informações através de análise.

Mas eles também obtém informação sobre sua etnia, seu histórico de trabalho, as revistas que você lê, se você declarou falência ou se divorciou, o ano em que você comprou sua casa ou a perdeu por causa de hipoteca, onde e quando você foi para a universidade,

que tipos de assunto você discute online, que marcas você prefere de café, papel toalha, cereal ou molho de maça, implicações políticas, hábitos de leitura, doações para caridade, os carros que você possui. Isso é o que eles sabem a respeito dos seus consumidores.

Por falar nisso, vocês podem pensar que isso é uma invasão enorme na minha vida. E como vocês sabem, alguns países estão colocando na legislação restrições para que empresas, particularmente terceiros que estão comprando esses serviços, seriam capazes de lidar com estas informações.

Mas eu acredito que esta legislação não terá força por causa da viabilidade comercial de empresas como Facebook e Google, que é simplesmente forte demais. Você sabe, em 2011 o Google envia cerca de 45 milhões de mensagens por dia em relação a propaganda.

Há muito acontecendo na área comercial. O que está acontecendo agora na tecnologia? Eu acho que é muita besteira essa legislação, que afeta o que empresas conhecem a respeito dos consumidores e o que elas fazem com essa informação.