No Fórum Mulheres no Poder, Joanna Barsh, diretora emérita da McKinsey & Company e coautora do best-seller "How Remarkable Woman Lead", compartilha seus aprendizados como líder
Transcrição:
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Hoje estamos aqui para falar de vocês, mulheres notáveis. E vejo alguns homens na sala. Muito obrigada por virem.
E o que aprenderão hoje é tão bom para homens quanto para mulheres. Então, o começo da minha pesquisa foi em 2004.
Eu era sócia sênior na McKinsey em Nova Iorque.
Eu tinha um marido. Ainda tenho um. O mesmo. Dois filhos. Um belo apartamento. E uma fazenda. E, no entanto, quando acordava, pensava:
“Me sinto vazia.” “Me sinto invisível.” Sabe, não era uma líder na McKinsey porque tenho distúrbio de déficit de altura.
As pessoas na McKinsey que eram os líderes eram desse tamanho. E estou usando salto. Então, eu era tão pequena que eles simplesmente não podiam me ver
quando chegavam à sala.
Eu queria ser uma líder. Então, comecei uma jornada para entender mulheres que lideram. E com essa pesquisa, 200 entrevistas por todo o mundo, comecei a aprender algo importante:
as mulheres lideram de forma diferente dos homens. As mulheres, em média, trazem significado ao trabalho.
A propósito, estou fazendo nova pesquisa sobre jovens. E jovens homens e mulheres esperam ter significado no trabalho. Então, isso é importante para o futuro.
As mulheres entendem emoção. Tanto o amor quanto o medo são partes muito importantes do trabalho.
A propósito, as mulheres não têm mais emoções do que os homens. Não há pesquisa que mostre isso. Simplesmente as mulheres estão mais acostumadas a expressá-las,
são mais autoconscientes do que os homens. O terceiro é que as mulheres trazem relacionamentos para o trabalho. Isso é muito importante para muitas mulheres.
Provavelmente muitas de nós na sala queremos, de fato, ser amigas ou considerar pessoas no trabalho como família. As mulheres criam comunidade.
Hoje em um mundo que é cheio de incerteza, imprevisibilidade e medo, comunidade é vital. E então, finalmente, as mulheres trazem muita energia ao trabalho.
As mulheres têm que ter muita energia. Mas as mulheres, na verdade, lideram com emoção positiva. Com amor, alegria. Isso é uma coisa boa.
E então, quando começamos a ver que as mulheres estavam liderando de forma diferente, e que as mulheres que chegam ao topo, a propósito, são agressivas, inteligentes, competitivas,
realmente boas em tomar decisões... Essas são consideradas características masculinas.
As mulheres têm ambas masculinas e femininas. Os melhores líderes homens têm ambas características masculinas e femininas.
Então, essa é a chave para a liderança centrada.
As mulheres começam com o interior. E é dessa forma que toda liderança começa. Começa com você mesmo, aperfeiçoando um conjunto de capacidades,
o que então te permite inspirar e desenvolver as pessoas ao seu redor. E quando faz isso, com só um pequeno número de pessoas, pode, na verdade, mudar o sistema.
Então, podem, de fato, mover o mundo como mulheres no trabalho. E isso não é nada menos que a missão que tenho: incentivar nessa sala a vontade, a habilidade e a comunidade
para mudar o Brasil. Porque podemos fazê-lo.
Eis as 5 capacidades que as mulheres me ensinaram.
A propósito, vocês possuem todas.
Estão todas dentro de vocês, só temos que praticar. Precisamos das ferramentas, vou compartilhar algumas hoje.
E com o tempo, praticando, ficamos cada vez melhores. Então, verão significado. E essa é a habilidade de operar com força e propósito, de ser feliz.
Veremos enquadramento: a habilidade de sair de si mesma e se ver no filme. E então ser capaz de mudar, de aprender mais na situação.
Veremos conectar. Confiança, criar relacionamentos baseados em confiança. E obter patrocinadores para ajudá-la a fazer mais. Vamos então para engajamento.
É aí que se põe a mão na massa. Onde se coloca para exercitar sua voz, para assumir riscos e agir para liderar.
Então aqui... Sabem, sou da McKinsey, não sei se a conhecem. Mas tudo o que fazemos é baseado em fatos. Então, eis os fatos.
200 entrevistas. A propósito, com homens assim como mulheres. Pesquisa acadêmica nos campos de liderança, comportamento organizacional, neurociência, estudos de gênero, psicologia positiva,
minha favorita: psicologia evolutiva. As mulheres são estruturadas um pouco diferente dos homens. Fizemos pesquisa quantitativa por todo o mundo, incluindo o Brasil.
Temos programas que conduzimos por todo o mundo, incluindo dois programas testes que já conduzimos no Brasil. E então continuamos a refinar isso para o segundo livro, Centered Leadership,
que só está disponível em inglês. Colocamos o programa da McKinsey no livro para que fossem capazes de fazer todos os exercícios sem a McKinsey.
Então, vamos começar
nos tornando mais autoconscientes, fazendo uma escolha para estar aqui e praticando nossa primeira ferramenta.
Vocês veem uma pergunta na sua frente:
hoje estou pensando ou sentindo...?
Segunda pergunta:
o que eu mais quero trazer para minha liderança é...?
Então, conseguimos muitas boas contribuições para confiança.
Tenho que lhes contar algo.
A característica que realmente te incomoda naquela outra pessoa
está dentro de você.
Você a tem também. É por isso que a vê.
E isso começa a abrir para nós a habilidade de revirar a pergunta: como podemos fazer com que aquela pessoa
confie mais na gente?
O que posso fazer para que aquela pessoa seja inspirada a confiar mais em mim? E eis os 4 elementos.
Esse é um difícil para as mulheres: não faça promessas que não pode cumprir.
Sabem como prometemos? Queremos agradar.
De fato, às vezes estamos empolgadas. Parece um projeto realmente bom. Quero fazê-lo, então digo: “Ok, vou fazê-lo!” E então, minha vida fica louca.
Porque não posso entregar.
Ou: “É meu chefe, e não sei como dizer não.” Alguém já teve esse problema?
Sei que devia dizer não. Sei que não tenho tempo.
Mas ainda assim digo sim.
Congruência, esse surgiu: o manipulador. Ou a pessoa que diz uma coisa e faz outra. Tudo isso é a falta de congruência.
Seja quem você diz que é, comporte-se dessa maneira. Isso é muito difícil de fazer! Porque, às vezes, as pessoas nos pressionam e não sabemos o que fazer, então simplesmente dizemos:
“Ok!” Quando na verdade não é quem somos.
Abertura. Esse é um onde homens mais frequentemente que mulheres ficam para trás. A habilidade de ser transparente: Muitas mulheres acreditam nisso,
é um valor, um valor central. E então somos mais abertas. Somos mais vulneráveis. mas algumas mulheres acreditam que para ser forte e poderosa não se pode ser aberta.
E isso é um erro.
Porque na nossa vulnerabilidade somos até mais poderosas. Se pensarem nos grandes líderes no seu país, ou na sua família, ou no trabalho, os melhores líderes são vulneráveis.
E o final: aceitação.
Aceitação é onde muitas mulheres lutam. Eu luto. Você luta, a Flávia luta. Lutamos por causa do que lhes falei antes:
a luta para ser perfeita. Tantas de nós colocam um modelo muito alto de qualidade. Isso parece você? Certamente parece comigo.
Sim. E sabem o que isso significa? Todos ao seu redor ficam aquém do modelo. Se vê sendo crítica o tempo inteiro?
Se vê fazendo o trabalho dos outros para eles porque pode fazer melhor? Isso é falta de aceitação. Somos estruturados, homens e mulheres, para julgar.
É normal julgar. Então, se você é assim, tem que praticar parar conscientemente de julgar. E a forma de fazê-lo é substituindo julgamento com apreciação.
E começa com nós mesmas.
Então, estou empolgada com o que farão e com quem se tornarão. E mudarão o país, se é isso que é importante para vocês. E espero que seja.
Então, obrigada a todas por ouvirem e participarem. Sei que para algumas de vocês é um pouco assustador ter que falar com uma estranha.
Espero que sejam melhores amigas agora. E lhes desejo a melhor próxima sessão, que espero que seja um intervalo.
Obrigada.