Para conseguir executar, as empresas precisam se organizar em torno de equipes multifuncionais por projeto, o que exige um novo perfil profissional, uma nova cultura e novos processos de RH
"O processo de mobilização das pessoas para executar estratégias é mais importante do que nunca em um cenário de mudanças rápidas e onde tudo é efêmero; e ele está se tornando menos efetivo, o que explica muito do fato de que só 40% a 50% das empresas obtêm sucesso na implementação de estratégias nos dias atuais.” Quem diz isso é o consultor Vicente Gomes, sócio da consultoria de recursos humanos Corall e pesquisador de evolução organizacional e humana.
Como ele explica, o modelo de estratégia que prevalecia deixou de funcionar bem. Nele, um pequeno grupo de pessoas coletava as informações sobre aspectos externos e internos do negócio (ameaças, oportunidades, fraquezas e forças), construía a estratégia e depois fazia com que os demais a executassem. E, quando os mercados eram mais tranquilos, isso de fato funcionava.
Hoje, não. Agora, a execução de estratégias depende de criar um ambiente em que as pessoas que executarão também participam das decisões tomadas na elaboração da estratégia, segundo Gomes, porque viabiliza ciclos mais curtos e frequentes de execução e maior engajamento.