O empreendedorismo ganha cada vez mais atenção de governantes e de políticas públicas em todo o mundo. Presidentes, primeiros-ministros e até rainhas reconhecem que o potencial empreendedor de um país é condição-chave para o crescimento, a diminuição das desigualdades e o aumento de sua competitividade no plano internacional.

Isso significa, contudo, que é possível falar de um “Brasil, país empreendedor” ou de “Estados Unidos, país empreendedor”? Evidências históricas nos mostram que não; o florescimento de empreendedores não é necessariamente um fenômeno nacional. É no nível local –o das cidades– que as pessoas identificam oportunidades, abrem empresas, encontram sócios e contratam pessoas.

Tomemos o caso norte-americano como exemplo. Embora a cultura de negócios esteja mais disseminada lá do que no Brasil, o país não é um imenso Vale do Silício, com empresas inovadoras e de alto crescimento espalhadas por todas as regiões.