As referências mais populares ao gestor geralmente são os burocratas de pensamento estreito e previsível. O pesquisador Julian Birkinshaw, da London Business School, propõe virar esse jogo com um enfoque baseado em tomada de decisões
Quando você pergunta às crianças o que elas querem ser quando crescer, quantas dizem administradoras? Nunca encontrei uma que tivesse essas aspirações. Em parte isso acontece porque gestão é um conceito um tanto amorfo para alguém de 10 anos. Mas também se deve ao fato de que nós, adultos, não estamos exatamente entoando loas à profissão de gestor. Evidências de um desencanto progressivo estão em toda parte:
• A administração não é uma profissão respeitada. Em uma pesquisa sobre honestidade e ética em 21 profissões realizada pelo Instituto Gallup nos Estados Unidos em 2008, apenas 12% responderam que achavam que executivos tinham integridade alta ou muito alta –o menor índice de todos os tempos. Com 37% de classificação baixa ou muito baixa, eles ficaram atrás de advogados, líderes sindicais, corretores de imóveis, empreiteiros e banqueiros.
• Os funcionários estão infelizes com seus superiores. A evidência mais convincente disso vem dos estudos do economista Richard Layard sobre felicidade. Com quem as pessoas mais felizes estão interagindo? Amigos e familiares estão no topo; o chefe vem por último. Na verdade, as pessoas preferem ficar sozinhas, demonstrou Layard, a interagir com seu chefe.