O surfista corporativo pode ter o digital como uma onda oportuna ou um tubarão ameaçador; tudo depende de ele mapear oferta e demanda e se antecipar à ruptura
Em julho de 2015, durante a liga mundial de surfe, na J-Bay, na África do Sul, o surfista australiano Mick Fanning foi atacado por um imenso tubarão-branco. Mais tarde, ele contou que, pouco antes do ataque, sentiu haver algo atrás. Felizmente, Fanning saiu ileso, mas muitos surfistas não saem - metade das vítimas de tubarões é praticante do esporte.
Em 2013, o surfista brasileiro Carlos Burle surfou em Nazaré, Portugal, a onda que extraoficialmente é considerada a maior da história. Burle integra um pequeno grupo de pessoas que testam os limites do desempenho humano ao surfar em condições extremas. Ele faz o perigo passar de ameaça a oportunidade de uma grande conquista.
Quando o assunto são as ameaças e oportunidades da digitalização, um misto de “medo de tubarão” com a animação para “pegar a maior onda” permeia o clima dos escritórios que visitamos recentemente. A digitalização de processos e interfaces, em si, é uma fonte de preocupação para os surfistas corporativos, mas a sensação de não saber quando nem de onde virá um ataque à empresa cria um nível de alerta totalmente diferente.