O ecossistema mundial de startups está vivendo uma diáspora rumo ao Oriente. Depois de 50 anos liderando revoluções tecnológicas como as dos computadores e da internet, o Vale do Silício corre o risco de ver sua hegemonia abalada por startups chinesas e israelenses, entre outras.

“Estamos na fase da negação”, diz Marina Miranda, coordenadora da Missão Rethink China, uma das muitas missões de visitas de brasileiros a startups chinesas. “Não queremos acreditar que o Ocidente está perdendo sua  hegemonia. Estudamos movimentos assim nas aulas de história, mas nunca pensamos que poderíamos viver um desses de fato.”

Faz tempo que os países do Oriente têm representantes no Vale do Silício, que vão estudar e trabalhar lá, mas até cinco anos atrás eles em geral acabavam fixando residência nos Estados Unidos. Agora, seus investidores e empreendedores vão a outras plagas, mas voltam para casa; o foco da atividade é na terra natal. Observam-se dois movimentos: startups orientais atraindo o capital ocidental e investidores orientais comprando  participação em startups ocidentais. Estão muito mais ativos os investidores e startups de países como Coreia do Sul, Japão, Emirados Árabes e, em especial, China e Israel.