George Barbee, professor da Darden School e autor de 63 innovation nuggets, diz que até as organizações com poucos recursos podem criar cenários, se fizerem isso de modo criativo
Todas as empresas precisam criar um futuro melhor para si, na forma de operações mais rápidas, mais precisas e mais lucrativas. Mas isso implica criar cenários de futuro, algo que pode ser inacessível para a maioria das empresas. Não à toa, o planejamento de cenários costuma ser exclusividade de empresas de grande porte.
O professor George Barbee garante que é possível criar cenários com poucos recursos, trabalhando criativamente. Isso depende de dois passos:
1- Desenvolva sua “rede de previsões”.
Encontre pessoas em sua organização que pensem de maneira criativa. Inicie com aquelas poucas que você conhece melhor e com as quais se sente mais à vontade. Marque reuniões, converse e compartilhe histórias de sucesso.
Em seguida, foque os encontros em discussões sobre para onde a empresa deve ir e o melhor caminho para chegar ao destino. Ao final das reuniões, peça que cada participante indique dois ou três colegas igualmente criativos, tomando o cuidado de preservar a diversidade – funcional, geográfica, cultural.
Procedendo assim, logo você terá um grupo com que conversar de maneira significativa sobre o futuro. Aproveite esse grupo para criar cenários que envolvam clientes-chave.
2- Aprimore suas práticas “imaginativas”.
Em sua rotina diária, diga de modo recorrente: “Vamos imaginar que...”. Pode ser decisivo mudar o rumo de uma conversa com um convite desse tipo. Imaginar pode levá-lo a lugares novos e interessantes, tornando as discussões da rede de previsões ainda mais ricas. Em vez de debater apenas os problemas ou desafios imediatos, o grupo consegue mergulhar em uma análise mais profunda e de longo prazo.
Imaginar um cenário futuro também pode afastar seu pensamento das preocupações internas da organização e mantê-lo mais alinhado com o que passa pela cabeça de seus clientes.
Barbee conta que, em um trabalho, imaginou um futuro em que os clientes vinham em primeiro lugar, e esse foi o primeiro passo para a empresa em questão se globalizar. O convite à imaginação levou vários executivos a falar de seus clientes com operações globais e dos problemas que eles precisavam resolver.