Realizado há três anos no Brasil, o icônico evento do Vale do Silício FailCon busca ensinar por meio de casos emblemáticos de fracasso nos negócios. Mas ele enfrenta um desafio peculiar: os brasileiros escondem seus deslizes
Foi em uma conversa com amigos pelo Twitter, quatro anos atrás, que Flávio Steffens ouviu falar pela primeira vez da FailCon, a pitoresca feira de fracassos realizada anualmente em San Francisco, no Vale do Silício.
O evento tinha uma proposta incomum: uma vez por ano, pequenos empreendedores, grandes empresários e “gurus” da nova economia norte-americana se reuniam para tratar exclusivamente de grandes insucessos e suas lições. Steffens, ele próprio um empreendedor, ficou tão encantado com a ideia que decidiu trazê-la para o Brasil.
A partir daí, tudo aconteceu com uma velocidade surpreendente. O contato com Cassandra Phillipps, a criadora da FailCon, foi fácil e animador. Achar um local para sediar o evento também foi –ficou a cargo de Rafael Matone Chanin, sócio-diretor da Nós Coworking, empresa que administra espaços corporativos em Porto Alegre. Faltava apenas um detalhe: encontrar empresários brasileiros que estivessem dispostos a falar sobre os próprios fracassos. E foi aí que a coisa complicou.