Cada vez mais inovações do setor têm sido desenvolvidas em iniciativas que unem empresas brasileiras, universidades, instituições internacionais e organizações não governamentais. As parcerias público-privadas também rendem frutos lucrativos
O Instituto Fraunhofer, da Alemanha, selou importante parceria com a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) para certificação de software. Na foto, os brasileiros Eduardo Oliveira, do Ministério da Saúde, Misael Morais, da UEPB, Daniel Soeren, pesquisador do Instituto Fraunhofer, e Marcos Procópio, secretário da Indústria e Comércio da Paraíba, em frente à sede do Instituto
Que tal um medicamento contra náusea que a pessoa não precisa engolir? (Afinal, uma pílula não cai bem quando se está enjoado). Para vencer o desafio de criar uma pastilha que dissolvesse na boca assim, a indústria farmacêutica brasileira Biolab não hesitou: buscou uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP). O resultado foi o lançamento de um dos mais bem-sucedidos antieméticos (medicamentos que aliviam os sintomas da náusea) do mercado. Esse tipo de parceria entre indústria e mundo acadêmico se tornou rotina na Biolab, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do País, com sede em São Paulo. A empresa desenvolve alguns de seus produtos mais inovadores em projetos não apenas com a USP, como também com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Temos a inovação em nosso DNA”, afirma Dante Alario Jr., CSO (executivo-chefe da área científica, na sigla em inglês) da empresa. O laboratório investe 11% do faturamento em pesquisa e inovação, o que significou R$ 55 milhões em 2011 e deve ficar em R$ 43 milhões este ano —mas a redução se deve só a entraves regulatórios. Sua área de pesquisa, desenvolvimento e inovação emprega 110 pessoas, mais de 90% cientistas, e conduz hoje 149 projetos, além de ter cinco novas moléculas em desenvolvimento.