O erro, evento tão comum em todas as fases da vida, ainda é visto como elemento a se evitar a todo curso no mundo dos negócios e empreendedorismo. No entanto, muitos líderes e gestores já começam a disseminar a ideia da obrigatoriedade didática de falhar, sendo esta inevitável e indispensável.
A cultura do erro em ambientes profissionais não costuma oferecer maneiras de se encarar as falhas como aquilo que essencialmente são: um aprendizado. Ao contrário: são inúmeras pessoas que se preocupam em não falhar, preocupadas com um sentimento opressor do provável julgamento de seus superiores e colegas. Este panorama é ilustrado por Flávio Steffens em Errei, não espalha. Por mais que seja um comportamento que se repete em maior frequência do que o acerto, o erro ainda está começando a ter seu potencial didático valorizado.
Este é o início de um comportamento que Cesar Augusto Carvalho introduz em Falha, a força da cultura inovadora, onde aplica sua teoria de que ambientes com processos pouco desenvolvidos consideram erros um grande problema. O segredo para driblar tal visão já perpetuada é o de criar novos ambientes onde errar seja parte do desenvolvimento, um ambiente como o qual André Santos, da Predicta, cria junto com seus funcionários. No relato que faz de sua empresa em Como os erros ajudam no crescimento da empresa, o empresário endossa o discurso de que erros não devem ser penalizados; pelo contrário, de acordo com suas próprias palavras: “a gente quer errar o máximo possível para poder acertar uma ou outra vez.”
Eric Ries vai além em Lean Startup: os erros precisam acontecer para que o empreendedor consiga construir com sucesso seu produto e que este seja aquilo que os potenciais consumidores mais querem. De acordo com ele, aliás, errar é parte fundamental de ser empreendedor.