Betania Tanure, professora da PUC Minas e professora convidada do Insead, discute o novo perfil de dirigente de contexto, extremamente necessário aos movimentos de mudança que as empresas vivem hoje
Caro leitor, permita-me uma indiscrição: você é um líder transformador para valer?
Estou me referindo ao tipo de executivo que utiliza a energia gerada por toda e qualquer mudança para lançar as pessoas à ação –aquela energia que, se canalizada adequadamente, produz movimento e crescimento em uma organização.
No geral, o chamamento à ação pode ser feito de duas formas: repassando a energia com o filtro do medo, o que exige controle externo e funciona apenas no curto prazo, ou com o filtro da aspiração, caso em que os funcionários substituem o controle externo pela autodisciplina, dando margem a um processo sustentável e de longo prazo. O conceito de “liderança transformadora”, que se aplica a essa segunda forma, tornou-se crucial no ambiente de negócios mutante do século 21, porque a energia bem canalizada afeta positivamente o funcionamento do sistema.