Os últimos dez ou quinze anos testemunharam a mais forte transformação da história ocidental. Mais do que as pessoas, as relações entre elas estão mudando, ou seja, a configuração que mantêm com os colegas, as instituições, a hierarquia e as marcas. O que mudou principalmente com a disseminação das tecnologias digitais foi o design relacional.

Isso influencia fortemente os modelos econômicos clássicos, definidos na diferenciação de papéis de produção/distribuição/consumo, que até então eram considerados exclusivos. O digital nos mostra hoje que esses papéis podem ser acumulados. Para dar um exemplo simples, um consumidor pode agora ter influência direta sobre uma empresa, o que estava completamente fora de questão há pouco tempo.

Isso também restaura o vínculo social e a força de atração do coletivo, gerando uma forte motivação para redescobrir experiências de envolvimento, compartilhamento, participação e senso de pertencimento a um todo. Assim, fortalecem-se os modelos econômicos baseados no compartilhamento e circulação, as culturas gerenciais baseadas na colaboração, o retorno do mutualismo e do modelo cooperativo.