O relatório de 2017 Global Human Capital Trends, da consultoria Deloitte, confirma que a organização do futuro, digital, é a preocupação de 88% das empresas. Há consciência de que a tecnologia é adotada com menor velocidade do que deveria por conta da mentalidade dos indivíduos e, consequentemente, a produtividade do negócio não melhora como deveria. “Pessoas com agilidade – e capacidade de reação – e um ambiente colaborativo são os fatores críticos para a organização do futuro”, afirma Kelly Ribeiro, diretora de capital humano da Deloitte no Brasil.  

É aí que se começa a enxergar o desafio humano da transformação digital. Só 6% das empresas pesquisadas consideram ter essa agilidade, e elas são essencialmente startups. Não é à toa, portanto, que uma capacitação transformada aparece como 2º item nas prioridades dos entrevistados (era o 5º em 2016), só abaixo da construção da organização do futuro propriamente dita.  

O esforço para promover uma nova forma de pensar entre os colaboradores tem a ver com perenidade; afinal, as tecnologias vivem em mutação. Por exemplo, segundo o Gartner Group, em 2020 os aplicativos já farão parte do passado, e seus substitutos provavelmente serão os assistentes virtuais, baseados em algoritmos. Ou seja, se os funcionários não conseguirem fluir com a tecnologia, a empresa nunca conseguirá ser digital por muito tempo.