A primeira CEO do sexo feminino na IBM Brasil diz ter vontade de dar ainda mais voz às mulheres da empresa. Ela destaca entre os desafios do nosso tempo a inclusão e mais decisões baseadas em dados.
Vários líderes em todo o mundo, e eu me incluo entre eles, estão refletindo sobre a grande incerteza que a humanidade enfrenta neste momento, e a imensa quantidade de problemas urgentes com os quais a sociedade está lutando. Em vez de adivinhar as soluções, nós, como sociedade, precisamos implementar o pensamento científico em todas as escalas: desde nossa vida diária à inovação corporativa e à formulação de políticas governamentais. Nosso processo de tomada de decisão precisa estar amparado em dados e evidências, assim como nos métodos científicos.
A primeira mulher a presidir a IBM Brasil, Katia Vaskys, assumiu o cargo há menos de um ano, mas já mostra firmeza nas posições. Além dos dados e do método científico, ela vê o movimento de diversidade e inclusão como essencial para inovar na solução desses problemas. Em conversa com Luciana Camargo, que hoje lidera a área global de sucessão e desenvolvimento de executivos da IBM Global Business Services, Vaskys revela se apoiar bastante na cultura IBM para sua gestão, mas avisa: cultura não pode ser algo estático.
Luciana Camargo - No início de 2021, você se tornou a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente na IBM Brasil. A seu ver, qual é a mensagem simbólica e prática de uma mulher ser responsável pela estratégia dessa subsidiária tão importante da IBM?