Desde que Nassim Taleb disseminou seu conceito de “cisne negro” –eventos impactantes, imprevisíveis e aleatórios– em 2007, temos a impressão de que esse tipo de acontecimento de consequências desastrosas ficou mais frequente. Não é só impressão: a cada cisne negro que surge, o mundo fica mais frágil e mais vulnerável ao seguinte; a cada tentativa de reduzir seus efeitos, eles se tornam mais devastadores.

E, infelizmente, os cisnes negros continuam a ser explicáveis só quando os vemos pelo retrovisor, como ensinou Taleb. No entanto, ele aventurou-se a lançar um novo livro para discutir como se tornar mais resiliente a cisnes negros, intitulado Antifragile. Ousadamente, ele sugere que uma organização pode aprender a melhorar e se fortalecer com a ocorrência de cisnes negros.

Seu ponto de partida é a necessidade de entender a incerteza. Há duas abordagens para fazê-lo: analisar o “normal” ou analisar o “anormal” –a maioria dos estudos se concentra no “normal”. Independentemente da abordagem escolhida, contudo, todos admitem a existência de sistemas que se beneficiam do “anormal”, crescendo e desenvolvendo-se em ambientes voláteis, desordenados e arriscados.