Em entrevista exclusiva, Carmen Migueles e Marco Tulio Zanini, consultores da Symballein e professores associados da Fundação Dom Cabral, contam sobre a evolução do diagnóstico de intangíveis no País
Symbállein, nome grego que dá origem à palavra “símbolo”, significa: lançar (bállein) junto (syn). O sentido é “re-unir” asrealidades, congregá-las a partir de diferentes pontos e fazer convergir forças num único feixe. Mais que o nome da empresa de consultoria de Carmen Migueles e Marco Tulio Zanini, Symballein é a própria tradução de um fator de competitividade que até há pouco tempo era mal compeendido pelos gestores: a cultura organizacional. Até hoje cultura não é vista exatamente como ativo intangível –algo que remete muito mais a marca ou capital humano. Mas cultura influi muito na competitividade de um país e de uma empresa.
Sem dúvidas a esse respeito, Migueles gosta de fazer um paralelo entre duas culturas –a brasileira e a indiana– utilizando o exemplo da vaca: se passar fome, o brasileiro não hesitará em matar e comer o animal, enquanto o indiano, que o considera sagrado, procurará outra solução, podendo até reverenciá-lo. Ou seja, cultura define a racionalidade e molda a prática.
Especializado em ativos intangíveis, como cultura, confiança e liderança, o casal Migueles e Zanini criou uma metodologia de diagnóstico de cultura único no mundo, que vem sendo aplicado há pouco mais de três anos em grandes empresas, a fim de viabilizar o enfrentamento de desafios tão variados quanto fusões, mudanças, internacionalização e a gestão de SSMA (saúde, segurança e meio ambiente).