Segundo o especialista canadense, que comandou a aplicação do design thinking na Rotman School, os provedores de educação executiva devem abraçar a inovação e as grandes empresas precisam abraçar a educação executiva
“Como uma escola de negócios espera ensinar as empresas a inovar se ela mesma se mantém apegada a métodos praticados há séculos?” Essa é a grande pergunta de Roger Martin, especialista em estratégia e professor de educação executiva da Rotman School of Management, da University of Toronto, Canadá, escola que desde 2007 tem transformado seus cursos de gestão em laboratórios de criatividade movidos a design thinking.
Em seu livro The Future of MBA, publicado em 2008, Martin já apontava essa incoerência, argumentando que cursos em formato tradicional não iriam muito longe se continuassem baseados no ensino de práticas analíticas em vez de capacitar os alunos a pensar em maneiras de resolver os problemas que se colocam em sua vida profissional diariamente.
Para Martin, a educação executiva está vivendo um momento crítico, que pode resultar em crise ou em renascimento. “As escolas terão um futuro brilhante se se propuserem a mudar certas coisas, mesmo que não saibam muito bem como. Mas, se insistirem em fazer mais do mesmo, acho que tendem a desaparecer, porque vão deixar de ter importância para os executivos.”