As últimas gerações de redes digitais implementaram formas de interação inéditas, permitindo a conexão à internet não apenas de pessoas, dispositivos e dados, mas também de coisas (IoT), territórios (sistemas informativos geográficos) e biodiversidades (big data climáticos e genéticos). 

O advento de tais arquiteturas conectivas tem  mudado a arquitetura da informação, a qual, mais  que se basear em trocas de informações entre emissores e receptores, aproxima-se de uma composição química, feita de moléculas que, ao interagirem, conectam-se, alterando-se reciprocamente dando vida a novos elementos. Uma vez criados, esses elementos alteram a arquitetura da rede.

Como Lemuel Gulliver no famoso conto de  Jonathan Swift, despertamos em uma paisagem  desconhecida, na qual nos encontramos amarrados a redes e em contextos complexos, estranhos a nós. A inédita situação nos impõe aprender rapidamente as novas geografias conectivas e entender a complexidade das interações em redes para poder interagir com elas.