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O assunto de gerações é um assunto contínuo que nunca acabará. Sempre estaremos falando de diferenças entre as gerações.

Estaremos sempre notando que pessoas mais jovens são diferentes da gente, ou que nós somos diferentes deles. Temos ideias, atitudes diferentes. E vemos isso dentro das nossas famílias,

e certamente vemos isso dentro dos nossos negócios. Hoje, num negócio familiar, você poderia ver todos esses grupos de idades diferentes;

proprietários de uma empresa juntos, trabalhando juntos, estando na família juntos, e como é isso? Isso é bem incomum.

Antes era comum ter dois ou três grupos de idades diferentes trabalhando juntos num negócio familiar. Mas, agora, há quatro. É claro, há pessoas com mais de 80 anos nas nossas famílias, e pessoas mais novas

que 14 anos nas nossas famílias também. Então, você pode ter, na verdade, seis grupos de gerações diferentes em uma família hoje. O que é um fenômeno novo surpreendente.

Quando pensamos nessa geração nova, essa nova geração de pessoas que têm até 30 anos agora

e esse seria o lado mais velho da geração Y, o lado mais jovem deles está na faculdade, e saindo da faculdade e entrando na vida adulta.

E, é claro, há exceções, essas são generalizações. Mas as observações são que essa geração de jovens foi mais protegida pelos seus pais do que as gerações anteriores.

De fato, são chamados de "pais-helicóptero".

Pais que pairam sobre seus filhos só para assegurarem que estão indo bem, que estão bem, que estão no caminho; muito mais supervisão do que as gerações anteriores receberam, até a geração X.

Houve instabilidade considerável nessas famílias, altas taxas de divórcio, por exemplo. E até em situações de famílias divorciadas, o que lemos é que há dois helicópteros.

O pai-helicóptero e a mãe-helicóptero, mas ainda estavam pairando.

Esses jovens foram ensinados que você tem que conseguir entrar nas melhores universidades, e tem que entrar nos melhores empregos,

e tem que construir uma noção de singularidade e propósito na sua vida, faça seu currículo, mostre às pessoas que você é diferente, mostre para as pessoas que você é forte,

mas vá conquistá-los e eu vou te ajudar a fazê-lo, foi a atitude. Eles tiveram menos experiências com fracassos, agendas muito ocupadas, foram tratados como exceções, se não conseguiam ser os melhores,

frequentemente, ao contrário da minha geração, a geração Y, eram dadas outras oportunidades para ainda serem considerados. Os bons desempenhadores, os pais os tratavam mais como colegas;

e tudo isso somado à falta de habilidade de se conseguir um emprego hoje em dia tão facilmente, como tem sido; a geração Y está passando muito mais tempo,

depois da faculdade, morando na casa dos pais, e tentando descobrir o que querem fazer na vida. Chegando ao ponto em que psicólogos desenvolveram um novo estágio de vida

que chamam de "o surgimento da vida adulta".

Por causa desse novo fenômeno que a geração Y está apresentando.

O quão conectada a geração Y é? A maioria deles, não importa onde estejam, possui aparelhos que usam o tempo todo.

Globalmente essa geração passa seis horas, em média, conectada. Seis horas em média. Na América do Norte e do Sul são sete, agora, isso é na média. O que significa que algumas pessoas ficam 5, outras 12,

mas, na média, são 7. E não sei como fazem qualquer outra coisa se ficam tão conectados. Mas, eles têm uma outra qualidade, podemos falar dela,

fazem múltiplas tarefas. São capazes de fazer 2, 3, 4 coisas ao mesmo tempo e, na verdade, se sentem um pouco entediados se não têm 2, 3, ou 4 coisas para fazerem ao mesmo tempo.

Então, eles se adaptaram a estarem conectados o tempo todo,

porque isso facilita suas tarefas múltiplas, onde uma geração mais velha pode ter mais dificuldade fazendo tantas coisas ao mesmo tempo, ou estando tão online e conectado o tempo todo.

Essa geração tem uma atitude decisivamente positiva a respeito do empreendedorismo. Nunca vimos números como esses antes.

Mais da metade dos inseridos na geração Y pesquisados, quase em todos os lugares, e no Brasil, mais da metade acredita que uma carreira empreendedora é atraente, é algo bom. Mais da metade.

E se lhes perguntar se têm a oportunidade para virar um empreendedor, olhe isso.

Por volta de 70%. 7 de cada 10 pessoas em seus 20 anos acreditam que possuem a oportunidade de serem um empreendedor.

Imaginem isso. Bom...

Como eles são no trabalho?

Eles são diferentes.

São diferentes no trabalho. São diferentes da geração Boomers, da X, são diferentes. Como são diferentes?

Bem, esse é um grupo de grande influência. Já são 25% da população, e 80% da força de trabalho.

Estão tendo um impacto enorme por causa do seu número.

Eles são centrados em tecnologia, sabemos disso. Possuem uma duração de atenção curta, tarefas múltiplas, duração da atenção, são bem impacientes.

E valorizam autoexpressão.

Ao invés de se encaixarem, ao invés de irem com todos, ao invés de simplesmente fazerem o que outros pensam que deveriam fazer, eles valorizam expressar quem são.

Agora, eles são a primeira geração que valoriza autoexpressão? Não, de forma alguma. Mas, é uma atitude muito mais forte,

ou perspectiva sobre a vida, do que vimos antes. Aparece mais frequentemente.

Eles querem significado em suas vidas, querem que suas vidas façam uma diferença. São a primeira geração que quer isso? Não, claro que não. Mas é uma crença muito forte que deveriam ter uma vida assim.

Muitos de nós têm desejado uma vida com significado, muitos de nós têm desejado nos expressar através do nosso trabalho etc. Mas, nas gerações anteriores também ocorreu mais uma acomodação.

"Gostaria de fazer isso, mas preciso de um emprego." "Gostaria de fazer isso, e talvez se avançar mais na minha carreira, o farei." Essa não é a atitude que estamos vendo com a geração Y.

Eles querem carreiras não convencionais agora, e empregos que reconheçam seus talentos. Essa é a atitude de muitos jovens, não estão dispostos a comprometerem o que querem

quando estão tentando encontrar um emprego que querem hoje. E eu admiro isso, de muitas formas, há muitos aspectos da geração Y que acho que são realmente admiráveis.

Eu só não sei se vão conseguir persistir com suas atitudes em frente à organizações que tendem a fazerem as coisas diferentemente. E eles têm menos respeito pela experiência dos outros.

Se você fosse construir uma organização conduzida pela geração Y, como ela seria?

Bem, seria cheia de tecnologia, a crença de que a tecnologia pode solucionar muitos problemas é central à essa geração.

Mas tecnologia que os permita trabalhar de forma flexível, em qualquer lugar, a qualquer hora.

Não quer chegar às 9 e sair às 18? Tudo bem, chegue ao meio dia. Trabalhe por duas horas, vá tomar café com seus amigos, vá para casa, trabalhe à noite, se gosta de trabalhar de madrugada, faça isso.

A geração Y tem uma crença que diz: "Não me julgue de acordo com as horas que gasto, ou chegar quando todo mundo chega, me julgue em termos do que posso fazer."

Me julgue, é claro. Me avalie, tudo bem. Mas de acordo com minha produtividade. É uma crença bem profunda.

Eles esperam ser capazes de influenciar os termos e condições de seu trabalho.

"Não defina um trabalho para mim, me pergunte antes,

me deixe defini-lo junto com você." Essa é a atitude deles.

Eles preferem trabalhar menos e passar mais tempo com a família, viajar menos, e gostam de trabalhar vestidos casualmente todos os dias.

Eu quero um trabalho assim. Acho que seria maravilhoso. Agora, voltemos àquele ponto por um segundo. Eles possuem altas expectativas em relação aos seus chefes.

E eles são orientados por um objetivo, querem um trabalho que signifique algo, querem bons mentores. Essa é uma geração desenvolvimentista. São pessoas que realmente prosperam quando recebem treinamento, guia,

avanços, e os coloca em situações novas e interessantes. Eles florescem nessas situações. Eles querem desenvolvimento.

Também querem um ambiente de trabalho colaborativo e tolerante, sem tanta crítica. Querem muita comunicação e feedback, mas não no sentido de um feedback muito crítico.

A geração Y pode oferecer muito para as organizações,

ajudá-las com o foco tecnológico, mídia social, são muito bons nisso.

Podem te ajudar a inovar, e ajudar com empreendedorismo interno, que chamamos de "intraempreendedorismo".

Eles querem saber o tempo inteiro o motivo de estarem fazendo aquilo. Qual a missão? Os objetivos? Quais os propósitos? Portanto, consideram que eles possam ser uma força muito poderosa

nas empresas, para nos direcionar nesses caminhos. Pois perguntaram sobre essas questões incessantemente. E vão nos lembrar de sermos bons cidadãos corporativos.

Se analisarmos uma pesquisa recente que foi feita nas empresas de família, 86% dos entrevistados da nova geração querem realizar algo significativo

e especial ao assumirem o controle das suas empresas de família. E 80% tem excelentes ideias para mudar o crescimento. Há algumas dicas que podemos dar para você enquanto família:

a primeira é que uma das coisas que a geração Y tem dito é para não ser tratada como todos os outros. Trate cada um por quem é. E essa é uma oportunidade incrível.

As famílias são muito inclinadas a tentarem tratar todos de maneira equivalente.

Se a geração Y diz: "Não me trate igual os meus irmãos e irmãs. Mas me trate como sou." Tire vantagem disso. Se livre da norma familiar de tratar a todos igualmente, dizendo:

"Vamos tratá-lo de maneira justa, mas não necessariamente igualitária." "Vamos te dar mais feedback, vamos ajudá-lo a se ampliar e desenvolver, e vamos insistir para que se saiam bem fazendo isso."

Além disso, reconheçam que até metade de seus filhos querem ser empreendedores.

Encontre aqueles que são bons nisso, espere que eles sejam treinados, espere que eles mereçam o seu investimento no que queiram fazer.

Mas tire vantagem disso. Dê a eles pequenas posições de liderança cedo. Eles parecem estar demandando isso também. Desenvolva-os gradualmente para funções maiores e teste-os novamente como líderes.

Mas, sempre, e isso é parte da ideia, todas as gerações precisam aprender isso: "Nem tudo é em torno de você. Nem tudo é em torno da sua geração.

Você tem uma obrigação perante nossa família." O que é isso? "Estamos dispostos a investir em você, treiná-lo, desenvolvê-lo...

mas o que você deve a nossa família?" Essa mensagem também precisa estar sempre clara. Obrigado por assistir.