Hoje o Walmart é o maior distribuidor de produtos orgânicos da América do Norte, superando até a Whole Foods Market, rede de supermercados especializada em orgânicos e alimentação saudável. A jornada sustentável da empresa fundada por Sam Walton começou em 2005, com o então CEO Lee Scott, e só vem ficando mais abrangente e profunda, disseminando-se entre os 28 países em que atua, incluindo o Brasil. A companhia crê atuar como uma verdadeira agente de mudança do varejo supermercadista e influenciar positivamente as corporações mundiais.

“Deixe-me começar com uma ideia simples, embora polêmica: as empresas existem para servir a sociedade. A questão é como elas interpretam isso e o que fazem”

No entanto, o mesmo Lee Scott, já fora do Walmart, publicamente lançou dúvidas sobre as boas intenções da empresa. Em um evento nos Estados Unidos em 2008, ele fez duas afirmações polêmicas: “Não somos verdes” e “A saga do Walmart rumo à sustentabilidade ambiental e social é motivada mais pela ânsia de economizar dinheiro”. Isso levou organizações ambientalistas diversas a acusar o Walmart de “greenwashing”, a tão  recriminada maquiagem verde, puramente marqueteira. Segundo algumas ONGs, a rede tomaria suas decisões movida sobretudo pelo desejo de reduzir custos e, sob esse norteador, estaria precarizando as condições  dos trabalhadores, próprios e de sua cadeia de fornecimento, indo contra o fundamento da sustentabilidade.