Os sistemas de entrega em domicílio são uma das maiores tendências nos próximos anos. Com internet e smart phones cada vez mais acessíveis, e sem a barreira da inserção dos dados do cartão de crédito em aplicativos, a entrega de produtos nas residências e escritórios deve expandir como nunca. “Tudo que resolver a vida do consumidor e que for possível pedir em um aplicativo, ele vai pedir.” Essa é a avaliação de Pedro Waengertner, professor dos cursos de MBA da ESPM, empreendedor e CEO da ACE Aceleradora de Startups. A busca pela conveniência impacta sobremaneira o segmento de alimentação, seja pela falta de tempo para preparar refeições, já que mais mulheres estão no mercado de trabalho e aumentou o poder aquisitivo das famílias, seja pelo diminuto tamanho de muitas cozinhas. Estima-se que cerca de 35% dos gastos com alimentação sejam de comida preparada fora de casa.

Seis anos atrás, os idealizadores do iFood souberam pegar o início dessa onda e atraíram a atenção de investidores; os aportes e a mentoria que ganharam lhes garantiram tiros certeiros para a startup se tornar o que é hoje. “O sucesso veio com a inovação, a capacidade de investimento e o empreendedorismo. Foi a mistura desses ingredientes que fez uma receita maravilhosa”, resume Carlos Eduardo Moyses, CEO do iFood desde o ano passado, quando o cofundador Felipe Fioravante deixou o comando em um movimento de profissionalização (os motivos da saída não são comentados pela empresa).

Atualmente, o iFood opera 6,2 milhões de pedidos por mês. É mais ou menos 41.000% mais do que os 15 mil mensais entre 2013 e 2014, quando  a empresa brasileira de tecnologia Movile fez seu primeiro aporte ali. Esse atual volume de vendas já parece muito, mas há ainda um imenso espaço para crescer na visão dos envolvidos no negócio.