Em uma de suas instigantes proposições, o filósofo dinamarquês Søren Kierkegaard enunciou que “a vida só pode ser compreendida para trás, mas deve ser vivida para frente”. Poucos exercícios parecem tão apropriados a um princípio de ano e, para tanto, busquei relembrar acontecimentos que me marcaram e que de alguma forma me ajudam a entender o ano que passou para sonhar o 2016 que virá.

Em 2015 vivemos uma espécie  de ressaca estrutural na economia brasileira. Mês após mês acompanhamos, aflitos, a redução da atividade econômica, o recrudescimento da inflação, o aumento do índice de desemprego. Tivemos um flashback da alta do dólar e a temida perda do investment grade pelas agências internacionais.

Passamos o tempo todo imersos em um dos maiores escândalos de corrupção e de valores de nossa história republicana. Vimos o enfraquecimento de instituições públicas e privadas com impactos diretos sobre a confiança, interna e externa, no País.