Muitos devem se lembrar do momento em que o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, foi questionado por ter formado seu gabinete com 50% de mulheres e de sua famosa explicação: “Estamos  em 2015".

O notável nisso não foi a resposta feminista – e  adequada –, mas o fato de a pergunta ter sido feita. Por que as pessoas ainda se perguntam se as mulheres devem ter posições de liderança na política, nos negócios ou em qualquer lugar iguais aos homens?

Já deveríamos ter avançado mais; parece que estagnamos. Muitos atribuem isso ao fato de a discussão sobre “igualdade de oportunidades” ter se baseado no combate à discriminação, defendendo o uso de argumentos sobretudo econômicos para explicar por que a diversidade importa. Não faltam pesquisas relacionando a liderança de mulheres com o melhor desempenho das empresas, citadas  em relatórios de gestão e em políticas de ONGs e instituições como Banco Mundial e Oxfam.