O executivo Lázaro de Mello Brandão tem 72 anos de carreira no Bradesco, embora o banco tenha 71 de existência. Ele, que hoje é presidente do conselho de administração da instituição, começou a trabalhar ali como escriturário, com o fundador Amador Aguiar, quando ainda se chamava Casa Bancária. 

O caso de Brandão não é uma exceção no Bradesco, e sim a regra. Com a rotatividade sendo o traço dominante do mercado de trabalho atual, esse banco se posiciona como uma organização diferente das outras. Conforme sintetiza a diretora de recursos humanos do Bradesco, Glaucimar Peticov, isso faz com que a responsabilidade pelo engajamento dos profissionais e a perenidade da empresa sejam muito maiores do que na maioria das companhias. “A pessoa precisa ser protagonista de seu desenvolvimento”, explica ela. O objetivo do RH? “Fazer com que um escriturário possa tornar-se um presidente.”

 A Universidade Bradesco, ou UniBrad, foi criada em meados do ano passado justamente para estruturar melhor a busca desse objetivo. Após um ano e meio de preparação com 200 pessoas envolvidas, ela aprimorou o departamento de treinamento e desenvolvimento tradicional, propondo-se converter cada funcionário que frequenta os cursos em um protagonista de sua carreira.