Há algumas décadas, talvez a primeira coisa que viesse à cabeça das pessoas ao se depararem com a palavra expatriado fosse um sentimento negativo, como se alguém tivesse perdido sua pátria, condenado a viver fora de seu país no exílio, ou algo assim. De algum tempo para cá, no entanto, representa o sonho de muita gente que ambiciona uma experiência no exterior, que pode alavancar sua carreira em seu país de origem ou permitir uma emigração muito mais confortável, já que dá acesso a emprego legal e qualificado logo de cara.

Uma expatriação consiste, basicamente, em uma transferência de um funcionário para outro país em que uma empresa tenha ou pretenda iniciar uma operação. O tempo todo temos brasileiros saindo daqui e estrangeiros chegando para ocupar posições geralmente estratégicas, mas que também surgem para profissionais que estão em uma fase intermediária da carreira. Tudo depende do momento que ambos estejam vivendo, seja o profissional, seja a empresa.

Qualquer empresa pode ter expatriados em seus quadros. Ela escolhe o profissional e justifica perante o governo brasileiro a necessidade de trazer essa pessoa. Um visto é emitido, retirado em uma repartição consular, e então é feita a mudança para o Brasil. Uma vez aqui, a pessoa ganha os documentos de identificação e da Receita Federal, além de fazer um contrato de trabalho como qualquer outro. O visto, porém, está vinculado ao contrato de trabalho e, se esse for rompido por qualquer uma das partes, perde a validade e a pessoa terá que deixar o País. Se o profissional importado receber uma oferta de trabalho em outra empresa e decidir aceitar, precisará de um novo visto, patrocinado pelo novo empregador. Cada visto tem duração de dois anos, renovável por mais dois. Há diversos tipos de vistos que permitem exercer atividade remunerada, mas estamos falando de um visto temporário de trabalho, que é o que se aplica à maioria das empresas.