Como é comum hoje para muitos millennials solteiros, o primeiro encontro de Ashley e Connor aconteceu de um jeito digital: eles deram “matchs” no Bumble, o aplicativo de encontros dos Estados Unidos no qual as pessoas selecionam potenciais parceiros, mas apenas mulheres têm permissão para começar uma conversa e mandar mensagens.

Só que, quando Ashley fez uma pergunta sobre  trabalho, Connor começou uma discussão misógina e chamou-a de “prostituta” e “exploradora”. A resposta do Bumble foi um post exaltado, que ficou conhecido como “carta Caro Connor” e rapidamente viralizou. A empresa preconizava um futuro no qual Connor “participaria de conversas cotidianas com mulheres sem medo de seu poder” – e, então, em um movimento pouco comum, baniu-o de usar o serviço.

Aos 28 anos, Whitney Wolfe, fundadora e CEO do Bumble, entende como se sente o receptor dessas  mensagens. Cercada por 30 funcionários (27 mulheres e 3 homens) no escritório da companhia em Austin, Texas, EUA, ela explica que fundou o Bumble em 2014 “em resposta aos problemas femininos com encontros, nossas questões com homens, nossas dificuldades todas com a dinâmica de gênero”.