A grife e varejista de moda Reserva, a Precon Engenharia e o Grupo Gaia, de negócios financeiros, liderados por CEOs jovens, provam que é possível ter performance com propósito no Brasil
O propósito nasce de vários modos em uma empresa. A Precon Engenharia foi aberta em 1963, mas seu propósito ficou claro com uma inovação proposta pelo novo CEO em 2010, mostrando que nunca é tarde para começar. No Grupo Reserva, o propósito surgiu aos poucos, naturalmente, e formalizou-se oito anos depois da fundação. No Grupo Gaia, do mercado financeiro, o propósito esteve explícito desde o início. De três setores distintos, cada uma dessas empresas ilustra uma dimensão do propósito – embora todas pratiquem mais de uma dimensão: produto (Precon), processos (Gaia) e compartilhamento (Reserva).
Por Alice Sosnowski
Irreverente e divertido, o carioca Rony Meisler é CEO e garoto-propaganda do Grupo Reserva, cujo principal negócio é confecção de moda masculina, que cofundou em 2006 com o amigo Fernando Sigal e que fatura, com 56 lojas da marca (49 próprias) e distribuição em 1,4 mil multimarcas, R$ 300 milhões anuais e vem se diversificando. O empresário de 36 anos, filho de um VP da Oracle, com formação em engenharia de produção e passagem pela consultoria multinacional Accenture, só muda o tom brincalhão quando o assunto é propósito.