Nos últimos meses, temos recebido na CI&T a visita de executivos em busca de algo muito além de soluções digitais para problemas específicos. Eles querem caminhos para tornar as suas empresas digitais. E, a cada semana, esse número aumenta. Isso é um reflexo direto dos impactos que as novas tecnologias têm gerado nos negócios. O cenário que temos hoje no mercado pode ser resumido assim: de um lado, um crescente número de empresas que nasceram digitais e atuam na criação de produtos e experiências inovadoras com muita velocidade. No centro, um consumidor cada vez mais interconectado e exigente. E do outro lado, empresas tradicionais tentando se reinventar.

Segundo dados de uma pesquisa global realizada com CEOs e divulgada em 2016 pela Bizagi, (The Agility Trap - Findings from the 2016 Global Executives Study Into the State of Digital Transformation) 82% dos entrevistados acredita ser necessário acelerar as transformações das empresas para conseguir acompanhar a evolução do seu setor. A mesma pesquisa aponta que os mercados mais avançados são os dos EUA e Europa, onde 52% das empresas já estão implantando novos projetos digitais.

Na mesma linha, o estudo Curva de Maturidade na Transformação da TI - realizado pela Enterprise Strategy Group (ESG), uma companhia de análises e pesquisas, e encomendada pela Dell EMC -, divulgado em maio de 2017, indica que apenas 5% das empresas estão preparadas para a transformação digital dos negócios. Para a pesquisa foram entrevistados 1.000 CIOs de grandes empresas privadas e públicas nas Américas, Europa e Ásia. Nenhuma das 100 companhias brasileiras ouvidas estão entre as que já apresentam maior maturidade digital. Em contrapartida, 71% do total dos líderes de TI ouvidos afirmam ter consciência de que a transformação é necessária para que suas empresas permaneçam entre as grandes e tenham capacidades competitivas no novo mercado.