Até há pouco tempo, o mais importante para o principal executivo financeiro de uma empresa (CFO, na sigla em inglês) era mostrar eficiência no corte de custos e no gerenciamento do fluxo de caixa; isso funcionava muito bem em contextos previsíveis. Agora, com mudança constante em mercados, humor econômico, tecnologia e concorrência, é hora de rever seu papel. O CFO torna-se responsável por garantir que a empresa possua os processos e o conhecimento para decidir quando e onde inovar. Também deve dar o exemplo de receptividade à inovação em seu próprio departamento, reduzindo o tempo dedicado ao processamento de transações e ganhando tempo para fazer análises financeiras com valor agregado que apoiem a inovação. Assim, ajudará a disseminar a ideia por toda a empresa, do chão de fábrica aos escritórios dos executivos. Departamentos financeiros que não atrapalham a inovação, e que repensam as métricas-padrão, fazem a diferença. As mudanças em prol da inovação pelo departamento financeiro da Stanley Black & Decker, planejadas e implementadas por meio de um programa formal de transformação denominado FFX, ilustram a teoria.

Os principais executivos financeiros (CFOs, na sigla em inglês) têm um desafio peculiar: incentivar a inovação, monitorando de perto o risco, sem sufocar as ideias. Para aqueles que passaram os últimos cinco anos cortando custos e gerenciando o fluxo de caixa, equilibrar esses pratos é particularmente difícil, mas essencial.

Companhias avessas à inovação mostraram ter resistência formidável e alto desempenho ao longo da história, mas eram circunstâncias previsíveis. Agora vêm aprendendo, do jeito difícil, que os mercados, o humor econômico, a tecnologia e a concorrência mudam constantemente –e que precisam tornar-se capazes de inovar.