Vivemos tempos fundamentalistas. Discordâncias religiosas e culturais entre Oriente e Ocidente são fundamentalistas, nossas manifestações nas ruas e nas mídias sociais contra e a favor do governo são fundamentalistas.

O filósofo Ludwig Wittgenstein nos ajuda a entender o fundamentalismo quando fala em ideologia: “Uma ideia é algo que você tem; uma ideologia é algo que tem você”. O fundamentalista é dominado por uma ideia.

No entanto, fundamentalismo é algo que se escolhe. Vejamos, por exemplo, o fundamentalismo do Vale do Silício, aquela região da Califórnia cujo principal produto de exportação são os mitológicos unicórnios, como a revista Fortune batizou as empresas altamente inovadoras que passam a ter um valor de mercado de bilhões de dólares em poucos anos de atividade.