Pouco mais de uma década atrás, a Kimberly-Clark Brasil estava ameaçada. Com problemas de gestão e então uma empresa de médio porte, não tinha lucro. Hoje, é a terceira maior operação da corporação, respondendo por 5% a 6% dos negócios mundiais, e alvo de benchmarking pelas outras subsidiárias. Por trás da virada de jogo, um nome: o do executivo João Luiz Damato. Desde que ele assumiu sua presidência, em 2002, até 2012, o faturamento da empresa cresceu 5,5 vezes, o lucro bruto, oito vezes, e o lucro operacional, 40 vezes –em dólares.

Em entrevista exclusiva a HSM Management, Damato mostra o raciocínio de gestão que levou a esse desempenho. A meta da liderança permanente em cada categoria de produtos exige uma estratégia flexível o suficiente para, se preciso, virar o jogo e inovação, muito voltada para a sustentabilidade. A proposta de basear-se em uma cultura de confiança inclui dar autonomia de decisão às pessoas e pode contrariar o formato de multinacional mais conhecido, bastante hierárquico e estruturado.

A Kimberly-Clark é percebida como uma potência mundial em sustentabilidade e orientação para pessoas, mas, ainda assim, a subsidiária brasileira parece destacar-se na rede. Por quê?