Com que futuro nossos gestores devem trabalhar? Para traçar os cenários que poderão prevalecer para o Brasil e o mundo no futuro, podemos recorrer a dois raciocínios: um pautado pelos ciclos de hegemonia e outro, pelos ciclos de tecnologia de Kondratiev.

No primeiro caso, é preciso recuar no tempo e ampliar o espaço. Essa maneira de enxergar o mundo se iniciou quando as Américas foram incluídas no processo de trocas do mundo, em 1492. Desde então, o sistema se define por períodos de hegemonia, que duram de 100 a 140 anos, intercalados por guerras de transição, com cerca de 30 anos, como mostra o quadro ao lado.

Existe muito debate científico a respeito do que causa esses ciclos e ainda não se chegou a nenhuma conclusão. O sistema de trocas global parece necessitar de um líder para organizá-lo e mantê-lo estável. No entanto, quando esse líder se torna pouco flexível ao longo do tempo, ele se enfraquece e acaba tendo de passar a liderança para outro, o que ocorre em uma guerra de transição.