Em entrevista à Rotman Magazine, a pesquisadora e chefe do departamento de gestão da Wharton School, da University of Pennsylvania, fala sobre a pesquisa que realizou sobre as consequências do excesso de trabalho. As descobertas são reveladoras: trabalhar muito não é necessariamente um problema; só têm sua saúde afetada os profissionais que não têm um vínculo de propósito com seu trabalho. Acompanhe.

Os limites entre a vida profissional e a vida familiar são imperceptíveis para muitas pessoas. Estamos trabalhando mais do que nunca – ou é só impressão?

Realmente acho que muitas pessoas estão trabalhando mais do que nunca porque, com as ferramentas de hoje, isso é possível. A tecnologia tornou possível trabalhar de qualquer lugar, a qualquer hora. Mas, mesmo para aqueles que não estão realmente trabalhando mais, parece que estão, porque o trabalho pode simplesmente “aparecer” a qualquer hora do dia ou da noite em nossos smartphones. Esse limite impresso é ótimo, de um lado. Por exemplo, significa que você pode ir ao jogo de futebol do seu filho e continuar disponível se algo acontecer no escritório. Mas também nos deixa mais preocupados com em momentos em que antes conseguíamos nos “desligar” completamente – e há evidências de que isso torna mais difícil nossa recuperação. É importante entender as consequências de longas semanas de trabalho para a saúde.