Uma das primeiras coisas que chamam a atenção no Google X é o fato de não empregar tipos tradicionais do Vale do Silício. O Google já possui um grande laboratório, o Google Research, que é voltado para a computação e para as tecnologias da internet. O Google X é diferente.

A distinção que normalmente se faz é a seguinte: enquanto o Google Research está focado nos bits, o Google X visa os átomos. Em outras palavras, a missão do Google X é criar objetos de verdade, que existem no mundo físico. Esse elemento está presente e confere coerência aos quatro principais projetos que até agora emergiram do laboratório: os carros sem motorista, o Google Glass, os balões com Wi-Fi e as lentes de contato que monitoram os níveis de açúcar no sangue pelas lágrimas.

Em geral, o Google X procura pessoas que querem construir coisas e não se deixam desanimar facilmente. Dentro do laboratório, atualmente com mais de 250 colaboradores, há um grupo variado de profissionais: de escultores e filósofos a ex-guardas-florestais. Um dos cientistas já ganhou dois Oscars de efeitos especiais de Hollywood.