O Big Data, banco de dados gigantesco que a firma de consultoria McKinsey proclamou em março de 2011 como “a próxima fronteira para a inovação, competitividade e produtividade”, é, na verdade, uma fronteira anterior com nome novo. Trata-se da manifestação mais recente da revolução da gestão do conhecimento, que começou seriamente em 1991, quando o artigo de Thomas Stewart na revista Fortune, intitulado “Brainpower” [Poder da mente], apresentou o conceito para as elites corporativas norte-americana. Grandes companhias construíram um capital intelectual imenso na forma de know-how e dados sobre tudo. No entanto, esse capital, por ser informal, raramente é explorado ou mesmo reconhecido pela maioria das empresas.

A promessa da gestão do conhecimento foi a de tirar proveito dessa vantagem competitiva despercebida. Porém, como está ficando embaraçosamente claro, as empresas responsáveis por catástrofes recentes nos negócios tinham pilhas de dados à disposição, mas agregaram muito pouco conhecimento sobre riscos e nenhuma sabedoria à tomada de decisões.

O que de mais importante as organizações realmente aprenderam nos últimos 20 anos é que gerenciar o conhecimento exige mais conhecimento tanto sobre o conhecimento em si como sobre gestão do que a maioria das grandes companhias parece ter.