Há uma história que caminha pelas vias do conhecimento popular de que se você coloca um sapo dentro de uma panela com água em temperatura ambiente e aos poucos vai esquentando a água o anfíbio ali permanece até o ponto que morre por conta do calor. Esta mesma história afirma que, ao contrário, se eu jogo o sapo dentro da panela, já com água quente, ele salta e se livra de uma morte certa. Se a história é verdade ou não, isto cabe aos biólogos.
Contudo, a metáfora é pedagógica do ponto de vista da reflexão sobre as organizações e sobre o clima delas. Mas antes de aprofundar nas questões anfíbias é importante definir o que entendemos por clima organizacional. De forma muito rápida se pode dizer que clima organizacional é o conjunto de percepções que os colaboradores têm sobre determinada instituição. Atenção, repito, o conjunto de percepções e não de fatos.
Ele estrutura-se sobre um mecanismo que todos nós possuímos e, em muitos casos, desconhecemos. O fato de julgarmos o mundo por aquilo que sentimos sobre o percebido e não à luz da realidade objetiva.
Como assim? Vou explicar. Cada vez mais a Psicologia tem desvendado o mundo do comportamento humano. Em suas últimas descobertas, principalmente nos estudos sobre emoções, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a nossa forma de perceber e agir na realidade obedece a um mecanismo que segue mais ou menos estes passos.