Movimento 100 Open Startups registrou número recorde de contratos firmados entre startups e grandes empresas em 2018; a inovação aberta avança
Pássaro na mão (bird in hand), perda tolerável (affordable loss), colcha de retalhos (patchwork quilt), limonada (lemonade) e piloto no avião (pilot in the plane). Quem está familiarizado com o mundo do empreendedorismo inovador talvez reconheça esses cinco conceitos. São as peças-chave da engrenagem da efetuação. Uma das pesquisadoras da área de empreendedorismo mais influentes do mundo, a professora Saras Sarasvathy, ligada à Darden School of Business, da University of Virginia, dos EUA, propôs a efetuação como o melhor processo para uma startup ter sucesso. Pois Sarasvathy veio recentemente ao Brasil para conhecer de perto o movimento 100 Open Startups, participando da cerimônia de premiação das 100 startups mais atraentes na visão do mercado e prontas para receber investimentos. E ela viu efetuação.
O movimento Open Startups se baseia em uma plataforma digital que conecta startups a grandes empresas, ajudando a fomentar um ambiente de colaboração que seja ganha-ganha – de um lado, ganham as grandes empresas que são revitalizadas pela inovação; de outro, ganham as pequenas novatas, que recebem ajuda e recursos das grandes como investidoras e clientes. Ele materializa dois dos cinco pilares da efetuação: a colcha de retalhos (que consiste em formar parcerias) e o piloto no avião (que tem a ver com cocriar o futuro com outros players).
O movimento é materializado todos os anos durante o anúncio do ranking 100 Open Startups, que mede o relacionamento de empresas ainda consideradas iniciantes com grandes corporações. Na cerimônia, também são premiadas as startups destacadas em categorias específicas –recursos humanos, marketing, indústria, produtividade, healthcare etc. – e celebradas as grandes empresas que mais praticam inovação aberta.