Uma vez que a contracultura arrefeceu, o LSD e os cogumelos mágicos passaram a tropeçar em outro mundo: a psiquiatria. Um pequeno – mas em rápido crescimento – grupo de médicos está adotando as drogas como ferramentas poderosas contra uma infinidade de demônios mentais. Pessoas que sofrem de depressão, abuso de substâncias e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) se beneficiaram de psicodélicos em pequenos ensaios controlados. Os psicodélicos, mais de 50 anos após o Summer of Love, voltaram a decolar.
Com uma ressalva: eles deixam as pessoas chapadas. Embora seja uma vantagem para usuários recreativos, os efeitos que alteram a mente podem ser um sério prejuízo para os pacientes. Por enquanto, os tratamentos são cuidadosamente administrados e monitorados dentro das clínicas, em vez de pacientes tomando pílulas em casa. Obstáculos regulatórios proíbem ainda mais a adoção generalizada.
Mas e se houver uma maneira de tirar a droga e deixar apenas os efeitos terapêuticos das substâncias?
Esta semana, uma equipe extraiu e cristalizou a estrutura de drogas psicoativas ancoradas no cérebro. Usando raios-X, eles mapearam as interações no nível de nanoescala, separando aquelas que podem levar a alucinações daquelas que podem acalmar mentes perturbadas. Com o conhecimento em mãos, eles projetaram vários primos sintéticos do LSD, que ajudaram a reprimir os sintomas depressivos em camundongos sem sinais de que as criaturas estavam ficando chapadas.