Já é oficial: a expressão “empresa global” ficou redundante. Independentemente do endereço de sua matriz, do tamanho de sua empresa ou do setor em que ela se enquadra, é quase certeza que você já está fazendo ou planejando fazer negócios fora do Brasil.

Uma coisa, no entanto, é falar em vender produtos no exterior e outra, bem diferente, é gerenciar centenas ou milhares de funcionários espalhados pelo mundo inteiro, com diversidade de bagagem cultural e de treinamento, tudo sob uma bandeira corporativa e, presumivelmente, com uma meta comum. Nesse quadro, como se administram políticas de recursos humanos (RH), reuniões, faixas salariais, fusos horários, cargos, condições do local de trabalho, moedas e idiomas?

Apesar de uma equipe de trabalho cada vez mais dispersa, muitas organizações vêm se esforçando para encontrar maneiras de lidar com funcionários no exterior e treiná-los. De acordo com recente pesquisa da Mercer com 243 multinacionais, a quantidade de funcionários em funções internacionais duplicou nos últimos três anos, quase metade das empresas elevou o número de “expatriados” −definidos como funcionários alocados no exterior por um a cinco anos− e 38% relataram aumento dos “nômades globais”, que têm de mudar devido a múltiplas atribuições.