Os cursos livres de curta duração viralizaram. Conhecidos como MOOCs, iniciais em inglês para cursos online abertos e massivos, são um modelo de ensino que usa a internet para atingir um grande número de alunos em diversas áreas e em qualquer local do planeta. Surgiram entre 2007 e 2008, criados por professores da área de ciência da computação da Stanford University, nos Estados Unidos.

Dados da Class Central, uma plataforma que rastreia cursos universitários on-line no mundo, apontam que 20 milhões de pessoas se registraram para seu primeiro MOOC em 2017, o que elevou o total de alunos para 78 milhões – quase a população da Alemanha. Gestão de negócios e tecnologia correspondem a cerca de 40% dos cursos em atividade,  seguidos de ciências e humanidades. Na área mais procurada, de tecnologia, os preferidos são ciência da computação, programação e ciência de dados. Em 2017, havia 9,4 mil cursos ofertados por mais de 800 universidades, ante 6,85 mil no ano anterior. 

Em geral, os MOOCs são muito acessíveis – basta ter um computador com internet, entrar no site, registrar-se e escolher o curso. As aulas são oferecidas em vídeo e podem ser em tempo real ou gravadas para acesso a qualquer momento, como um seriado da Netflix. A maioria é gratuita. Entre os pagos, os valores são variados, dependendo do tipo de conhecimento,  da instituição que empresta seu nome e se o aluno quer ou não um certificado. Existem cursos de 30 euros a 20 mil euros (cerca de R$ 87 mil), caso de um mestrado em inovação e empreendedorismo da HEC Paris oferecido pela Coursera.