O ano de 2017 promete ser o dos pagamentos móveis. Nos Estados Unidos, por exemplo, os logos do Apple Pay e do Android Pay já eram vistos em muito mais lojas na última Black Friday. A expectativa é que as vendas por essas plataformas tenham aumentado 124% em relação a 2015, movimentando perto do trilhão de dólares, segundo relatório da empresa de pesquisas International Data Corporation (IDC).

Do ponto de vista do varejista, porém, a pergunta é: vale a pena aceitar pagamentos móveis? Essa é a indagação a que um artigo da Knowledge@Wharton no final de 2016 tentou responder. Ainda há resistência e desconfiança de que seja moda passageira.

A primeira resposta é que o cartão de crédito se mantém como a forma de pagamento padrão nos EUA, como explica Thad Peterson, analista do Aite Group. Inclusive, a emissão de cartões de crédito no segundo trimestre de 2016 aumentou 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, Peterson observa que nenhuma forma de pagamento nova desapareceu desde a invenção do dinheiro, o que significa que o celular deve, sim, encontrar um lugar ao sol no ecossistema de pagamentos, coexistindo com todos os demais.