Método, disciplina, foco, compartilhamento: o que motiva nosso aprendizado depois de adultos
Se o leitor é pai, ou se a leitora é mãe, já deve ter-se visto diante dessa escolha: colocar o filho em uma escola construtivista ou conteudista? Pois o mesmo dilema vem ficando cada vez mais claro no aprendizado de adultos.
Os tempos atuais passaram a exigir dos profissionais da quarta revolução industrial uma contrapartida ao avanço contínuo das tecnologias, que é o aprendizado contínuo de habilidades – ou “lifelong learning”, como esse novo tipo de comportamento foi batizado. Por isso, da mesma forma como a pedagogia deu origem ao pensamento construtivista e este ganha força, a andragogia propôs conectar o conhecimento à prática – uma questão simples, mas não tão facilmente admitida pelos envolvidos, e que tem relevância crescente. Em outras palavras, o modo mais eficaz, e sustentável, de adultos aprenderem é fazer com que o conhecimento adquirido por eles os ajude efetivamente a resolver seus desafios diários. Se a principal motivação do aprendizado adulto é a necessidade de saber algo, compreender aonde se quer chegar é necessariamente o início do caminho.
Essa andragogia “construtivista” vem tomando diferentes formas, que têm em comum o fato de as pessoas terem aprendizado compartilhado, em grupos; fazerem isso em um prazo delimitado e participarem da formatação do processo de aprender. Destacamos três, voltadas a negócios: rodas de conversa, learning sprint e jogos de tabuleiro.