Sentada num café esta manhã, não pude deixar de ouvir uma conversa interessante e acalorada sobre os novos e os velhos “anos 20”.

Três homens falavam sobre os “anos loucos”, como ficaram conhecidos os anos 20 de cem anos atrás. Apesar de não terem vivido nesses anos, falavam com propriedade sobre a realidade da época marcada por uma geração de jovens perdidos, disrupção cultural, avanço do estilo de vida dos norte-americanos, luta pelos direitos femininos e uma explosão de liberdade que contrastava com a intolerância, o preconceito e a xenofobia da época.

Tive a sensação clara de que evoluímos repetindo os mesmos eventos, em diferentes níveis de consciência, como se subíssemos uma montanha contornando-a em círculos em direção ao topo. Vamos passando pelas mesmas regiões, sob condições meteorológicas semelhantes, só que em alturas diferentes.