Há algum tempo, assisti, em Lima, no Peru, ao encontro de 130 membros da diretoria da Kimberly-Clark na região andina. Eles nos levaram à cidade histórica de Cuzco e às ruínas incas de Machu Picchu, uma das maravilhas do mundo. Fomos bem tratados durante quatro dias cheios de alegrias, cantos, celebrações, reconhecimento e muitos abraços. O momento culminante foi o jantar de despedida, no qual todos nos fantasiamos de algumas das personagens de Guerra nas Estrelas. Havia algo de especial no que a empresa estava fazendo e não resta dúvida de que a “força” estava com Sergio Nacach, o dinâmico líder da região.

Nesses dias, fala-se muito de remuneração e de compromissos, e também de “ir levando”. Mas eu encontrei um grupo de executivos comprometidos com seus funcionários, clientes, acionistas e com as comunidades onde vivem para fazer as coisas bem. Em um mundo caracterizado pelas relações mercantis de curto prazo, esse grupo estabeleceu um nível diferente de conexão e compromisso entre seus membros. O resultado: a unidade andina da Kimberly-Clark é considerada um dos melhores lugares para trabalhar na América Latina [como mostrou pesquisa publicada com exclusividade em HSM Management nº 80]. Ou, melhor ainda: ninguém pode “espirrar” na filosofia empresarial dos fabricantes do Kleenex.

A região andina da Kimberly-Clark compreende Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. A área, relativamente pequena e pobre, respondeu por mais de 40% do aumento líquido das receitas operacionais de toda a empresa em 2009. Nada mal para países onde as fraldas são vendidas em unidades, porque seus habitantes não podem pagar por pacotes de dez.