A nova fronteira do líder é sua sustentabilidade e não tem a ver com abraçar causas socioambientais, mas com a capacidade de converter conhecimento em ação, como explicam os especialistas David Ulrich e Norm Smallwood neste artigo exclusivo
Uma de nossas charges preferidas mostra um grupo de perus em seu segundo dia de aula de um programa de treinamento para aprender a voar. Eles são instruídos sobre os princípios de aerodinâmica e praticam voo pela manhã, à tarde e à noite. Aprendem a voar a favor e contra o vento, sobre montanhas e planícies, em grupo e sozinhos.
Ao cabo de dois dias, o que acontece? Eles vão andando para casa.
É muito frequente que o desejo de melhoria da liderança seja arruinado diante da realidade e de ventos contrários a que a mudança perdure. Podemos organizar os mais diversos eventos para promover a liderança, como treinamentos e coaching, nos quais indivíduos aprendem por que devem liderar e o que fazer para serem líderes melhores. Mas sempre descobrimos que o maior desafio é converter o aprendizado de tais eventos (o voo dos perus) em um padrão contínuo (para que, depois de tudo, não continuem a andar). Trata-se de criar padrões de sustentabilidade da liderança.