Ao se internacionalizarem, as empresas devem levar em conta também o ambiente institucional do país de destino e as próprias pressões internas, a fim de escolher a melhor estratégia de entrada, dizem Fernando Serra e Manuel Portugal Ferreira
Em 2009, a subsidiária da Vale no Canadá ficou sem funcionar por mais de um ano. Na empresa estabelecida que ela adquiriu –a Inco–, foi acusada de práticas trabalhistas injustas e o sindicato fez greve. A Vale não considerou as diferenças institucionais entre a realidade canadense e a brasileira, com foco apenas em ser a maior do mundo e em evitar a compra da Inco por concorrentes.
Boa parte das empresas brasileiras parece agir como a Vale, talvez pelo fato de nosso movimento de internacionalização ser um tanto novo. Pensam só nas oportunidades e em seu planejamento, subestimando o contexto institucional dos mercados e da companhia ao migrar. Elas esquecem:
• As pressões institucionais do país de destino.