O engenheiro mecânico Jayme BrasilGarfinkel, presidente da seguradora Porto Seguro, aprendeu muito com seu pai e conselheiro, Abrahão Garfinkel, nascido na Ucrânia. Os conselhos mais importantes, porém, não vieram de manuais teóricos de administração, mas de um clássico do pensamento político, O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. “Ganhei o livro de meu pai pouco tempo antes de ele morrer, e ele me disse que aquela era a obra mais importante já escrita sobre administração.” Logo depois, a morte de Abrahão levou Jayme ao comando da empresa. “O livro me preparou.”

Não foi a máxima “maquiavélica” sobre os fins justificarem os meios que ajudou o empresário, no entanto. “O que norteou minha atuação foi o conselho de que o príncipe —o líder— tem de estar sintonizado com o povo e dar o exemplo em tudo o que faz”, diz.

Ressalte-se que Garfinkel não ganhou uma edição qualquer da obra clássica. Sua versão continha comentários de um leitor muito conhecido, Napoleão Bonaparte, que reforçou ser essencial ouvir os pares e os parceiros. “Isso foi fundamental na minha atuação na Porto Seguro”, afirma.